segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Palco
Daniel Renda


No tear do ser, um teatro, Tato.
Tece com Aracne Baco e abre a cena
E sempre mais que algo visto
Em um tablado, se espera.

Em um vasto campo da arte
Assim vivida, no palco irreal ou real
E ambos, respirando e transpirando
Inspirados atos levantados
Cheios de paixão e desespero.
O teatro brota passo a passo
Em cada dia
Onde agora velho amigo esse gigante anda.

Gritando então na trupe, doidos e varridos
A dor o odor e todos os gemidos

Por isso responsável mestre...mostre!
A fazer de nós ousados e destemidos
De nunca faltar no cálice do vinho à chama
Do seu passado vivido e cheio de aventuras
E que haja sua espada sempre mais que um canudo
E não mais pela certeza te assumas tanto
Por estas vestes de lonas esterilizadas que te cobrem,
E sim por um sujo e empoeirado circo onde as cores pulam
E ácaros junto ao público aplaudem
Brilham os olhares bem atentos de instantes, CURA.


Pois é quando espectadores se fundem e de intermédio lá também atuam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário