segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Fotos, fatos e olfatos.

Fotos recentes são como frutos recém colhidos e a vingança tardia é um veneno precioso guardado a sete chaves.
Porém nisto os amantes sempre se perdem, podiam estar juntos sempre que ficam se, remoendo.
Entre os rabiscos de menino e o afeto, o bar vivo, cheio de pulso, a chuva tenra o doce na sarjeta um sabor de infância na porta.
O dardo da desilusão me pegou, o que me espia vela minha hora, o coração jovem parece estar partindo, prefiro cozinhar
para mim mesmo e mais ninguém.
O violão tocando Tim Maia em qualquer peito arfa aquela ardência que brindamos entre o corpo e a alma, a solidão.
O bêbado e o corno coerente com a natureza dos organismos, pela ingestão.
Minha loucura no papel me condena aqui nesta cidade o hospício leva o nome do meio de minha mãe, sem diminutivo,Terezinha, era costume. Hoje minha madrugada termina quando outros saem de suas casas, me recolho em mim sou eu mesmo meu melhor lugar
E penso eu, casam cedo? Ou casam por medo?
Ambos.
As contas os cahets, o glamour, descortinado perde a graça, devíamos revelar o nosso nome só no altar de casamento
O que falamos muito, temos medo
A quem não falamos tudo, mentirosos.
Cazuza falou que o bar e a Igreja de todos os bêbados, a cestinha e o caixa.
A cabeça que não sente não se recente
Por que é acéfala.
Édipo furou os olhos
Narciso mastigou o espelho
Prometeu roubou o fogo
Atores a atrizes nunca se perdem
Mesmo carregando consigo a história da histeria humana como uma cena.
Quem cala sente, o ser aventurado palpita
Mesmo calado
Mais quem tira a roupa e geme,
Mais ainda.
Então
Só uma cerveja
Só um vinho
Só uma mulher só uma casa
Será sempre suficiente
Para um coração altivo.

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